"Os visitantes do além não anunciam sua chegada e nem tão pouco sua presença, sugindo em locais onde menos esperamos, mesmo quando imaginamos estarmos totalmente sozinhos em uma estrada perto de lugar algum!"
O Relato a seguir mostra como isso pode acontecer!
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Este relato que vou contar aconteceu com meu falecido tio Cecílio, sendo que ele sempre jurou que foi verdade.
Era década de 1950, e meu tio Cecílio nessa época trabalhava dirigindo caminhões pelo Brasil, através das precárias estradas que existiam naqueles tempos, sendo que a maioria ainda nem era pavimentada.
O fato aconteceu quando meu tio transportava uma carga em seu caminhão, a qual deveria ser entregue em Curitiba.
Após passar por outras cidades, em uma noite estava se dirigindo por uma estrada secundária do Paraná, indo para seu destino, a cidade de Curitiba.
Já era tarde da noite, e as dificuldades de se dirigir por aquela região na década de 1950 eram grandes, pois não havia sinalização, iluminação e em particular naquela estrada secundária, nem asfalto.
Era uma estrada de terra, a qual por não ser uma das principais, não possuia grande movimento, sendo que naquele trecho estava trafegando somente o caminhão do meu tio.
Após passar por alguns vilarejos, a estrada se tornou ainda mais deserta, existindo somente mato e a vegetação típica da região à sua volta, com muitas árvores, deixando o trajeto ainda mais "sinistro", tendo em vista que era tarde da noite.
Os veículos daquela época não possuiam os recursos dos atuais, sendo que por exemplo os faróis não tinham a "potência" dos faróis dos caminhões modernos, os quais muitos são equipados até com lãmpadas de "xenon".
Então com a iluminação um tanto limitada e "amarelada" dos faróis de seu caminhão, meu tio estava um tanto preocupado devido ao fato de estar em um local isolado como aquele, e sem a existência de nenhuma construção naquela parte do trajeto. Não havia sítios e nem outra casa a vista.
Passados aproximadamente uns 40 km do último vilarejo, em um trecho ainda mais isolado, após uma curva, meu tio viu uma mulher ao lado da estrada pedindo carona.
Ela era magra, com aproximadamente 1,60 m e com cabelos pretos lisos até metade das costas.
Ele estranhou aquilo, mas naquela época não existia a criminalidade que existe hoje em dia, e havia confiança entre as pessoas, motivo pelo qual meu tio parou e perguntou se aquela mulher precisava de alguma coisa.
Então ela perguntou para o meu tio se ele podia dar carona para ela até alguns quilometros a frente.
Meu tio, com boa vontade, e com "pena" daquela mulher sozinha naquele local isolado, disse que sim, sendo que ela entrou no caminhão, e ambos seguiram viagem.
Ela estava bem vestida, com um vestido de tecido branco, mas não de festa, e sim um tecido mais "comum" para se utilizar no dia a dia. Mas, bem vestida.
Puxando assunto, meu tio perguntou se ela morava por ali, sendo que ela disse que não, e que morava mais adiante.
Ela não conversava muito, e ficava com o olhar fixo na estrada, como se estivesse procurando algo.
Alguns quilometros se passaram, sendo que em um determinado trecho à frente, a mulher disse para o meu tio:
- Ali, pare ali perto daquela árvore que eu vou descer ali.
Meu tio estranhou, pois não havia nada naquela região, mas parou.
A mulher desceu, olhou para o meu tio, e disse "Que Deus o Abençoe", e adentrou no mato por uma pequenina trilha e desapareceu na escuridão da noite.
Meu tio seguiu viagem.
Quando chegou na próxima cidade, ela parou para abastecer o caminhão, sendo que comentou com o pessoal do posto de gasolina o que havia acontecido, dizendo que estranhou o fato daquela mulher estar naquele local afastado e sem nada por perto.
Foi então que um homem de idade que estava perto, meio admirado, comentou com meu tio que ele não era o primeiro que havia dado carona para essa mulher.
Meu tio pergunto porque, e então ele disse que vários caminhoneiros já haviam dado carona para uma mulher com aquela descrição, e que na verdade, ela nãoe era desse mundo.
Disse então, que aquela mulher morreu à vários anos atrás naquela estrada, vítima de um atropelamento por um caminhão, e desde aquela época ela surge na data próxima ao de seu falecimento, pedindo carona para os caminhoneiros para levá-la até a sua sepultura, a qual está ao lado da estrada.
Meu tio então ficou todo arrepirado e assustado com aquilo, mas prosseguiu sua viagem para Curitiba.
Quando retornou, vários dias depois, e lembrando daquele fato que lhe aconteceu e do que o homem havia lhe contado, procurou parar seu caminhão onde ele havia deixado a mulher que lhe havia pedido carona naquela noite assustadora.
Foi então que ele chegando ao local onde ela desceu, mas desta vez de dia, ele desceu do caminhão e caminhou em direção à mata onde a mulher havia entrado quando desceu do seu caminhão.
Foi então que assustado e estarrecido, ele encontrou logo adiante próxima à estrada, uma sepultura pequena, sendo que nessa sepultura existia uma lápide, a qual já estava gasta pelo tempo, mas mesmo assim foi possível ver uma foto, e nessa foto estava exatamente a mesma mulher que ele havia dado carona naquela noite, e por uma coincidência maior ainda, com a mesma roupa, e logo abaixo da foto os dizeres com seu nome, data de nascimento, falecimento e "Atropelada por um caminhão"!
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Antonio Carlos
Osasco - SP - Brasil |
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